domingo, 22 de fevereiro de 2015

Nova Administradora Regional concede entrevista e, entre outros assuntos, aborda o Parque Central de Águas Claras

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Patrícia Fleury
A nova administradora de Águas Claras é a típica moradora da cidade: jovem, casada e mãe dedicada. Aos 32 anos, formada em arquitetura e urbanismo, trabalha na Administração Regional há nove anos, quando entrou por concurso assim que se formou. Escolhida pelo governador Rodrigo Rollemberg para cuidar da cidade, subiu ao posto após a indicação da deputada distrital Telma Rufino, sua ex-colega de trabalho. Patrícia Fleury foi responsável pelo planejamento e ordenamento territorial da cidade nos últimos quatro anos e diversos projetos de urbanização saíram de sua prancheta, como parques e praças. Em entrevista exclusiva ao DF Águas Claras, a administradora expõe suas preocupações e projetos.
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Como foi sua indicação ao cargo de Administradora de Águas Claras?
Como trabalho na Administração há alguns anos, as pessoas já me conhecem, conhecem meu trabalho, houve um convite, através da Deputada Telma Rufino, que acertou com o governador a minha indicação, principalmente pelo critério técnico.
Quais serão seus principais desafios?
A principio, neste momento, estou me acostumando com a função. É diferente você assessorar, como eu fiz durante nove anos, e agora passar a tomar as decisões. Mas, ao mesmo tempo estou me sentindo muito confortável, por que eu estou em casa, aqui é minha casa. O meu maior desafio é organizar a cidade que está meio abandonada, assim como Brasília Águas Claras também está. Mas o que vejo como principal desafio, como um todo, é a regularização de Arniqueiras. Nós teremos que correr atrás disto. Existe um projeto pra isto, mas, considero que deve haver principalmente vontade política e aceitação, por parte da comunidade, para que este projeto seja efetivado. Já na área vertical, eu analiso como urbanista, há uma urgência na questão da acessibilidade, principalmente das calçadas da cidade. Há um projeto para o remanejamento destas calçadas, principalmente nas avenidas castanheiras e Araucárias, onde temos um recuo, em área pública, que poderá ser melhor aproveitado. Estamos trabalhando ainda pra que a RA consiga equipamentos para a manutenção permanente da infraestrutura da cidade. Precisamos também de um posto de saúde, de uma delegacia, entre outras obras. E temos os problemas do trânsito na cidade. Engarrafamentos, problemas nas entradas e saídas da cidade.
Quais são seus planos para solucioná-los?
Esta questão do transito esbarra na própria estrutura das vias, que são muito estreitas. Mas, temos conseguido, com intervenções junto ao DETRAN, fazer pequenas alterações no transito, como aconteceu há semanas atrás, quando implantamos um sistema de trânsito binário nas avenidas Sibipiruna e Jacarandá, que acabam diminuindo um pouco os problemas que temos com esta questão, que é bem complexa. Faltam ainda as ligações sobre as linhas do metrô que precisam ser terminadas e que, quando concluídas trarão um fluxo de carros bem melhor. Mas, ainda não temos previsão para o início destas obras.
Como será a sua relação com o legislativo? Como a senhora vai trabalhar com as emendas parlamentares?
Bom o interessante é trabalhar junto aos parlamentares que tem ligação com a cidade, como é o caso da Telma Rufino, que já se comprometeu com a busca de emendas de outros parlamentares para a cidade. Acho que o melhor jeito é encaminhar as emendas parlamentares para as respectivas Secretarias, para que elas executem seus projetos aqui dentro. Sei, por exemplo, que a Secretaria de Educação tem projetos para implantação de escolas aqui. Existe uma espécie de lenda que diz que a população da cidade não quer que sejam implantados equipamentos públicos por aqui. Mas a realidade é outra. Quando, por exemplo, a população viu que para se vacinar era necessário ir para Taguatinga, passou a entender melhor a necessidade de equipamentos públicos de saúde e de outras espécies para uso da população local. Temos que lutar para que os lotes institucionais, mesmo os que são vendidos através de licitação, permaneçam com a essência e destinação originais.
E os parques da cidade? Algum projeto específico?
O parque Águas Claras e o parque do Areal são parques ecológicos administrados pelo IBRAM. De nossa parte, sempre fazemos parcerias com o IBRAM para a implantação de melhorias e manutenção destes parques. O parque Águas Claras, por exemplo, está precisando de manutenção, e nós já vamos entrar em contato com o IBRAM para mais esta parceria. Há também um projeto de cercamento do parque, mas, nós não vemos como algo positivo, pois, iria cercear o movimento, a entrada e a saída das pessoas, a pé, de bicicleta, então, pretendo conversar com a parlamentar autora da emenda para ver se revertemos a dotação para outra ação dentro do parque.  Quanto aos parques Central e parque Sul, que são administrados por nós, são urbanos, não têm cunho ecológico e que por isto mesmo tem modo de administração diferentes. Nestes parques nós podemos, por exemplo, implementar equipamentos  de lazer com características mais urbanas e menos ecológicas. O parque Central é um parque enorme que nós temos um projeto, um plano de ocupação para ele. O que falta ainda é o projeto executivo, de engenharia, topografia, sondagem e outros complementares. Este projeto nós vamos tentar conseguir agora, ou junto à Secretaria de Obras, ou contratando diretamente pela Administração. Há estudos para parcerias com a iniciativa privada, o que poderiam trazer mais recursos para a manutenção do parque Central. O parque Sul, nós temos um projeto para ele, com possibilidade de parceria muito boa. Temos vários projetos de abertura de clínicas naquela área. Porém, temos um impedimento por conta da CIPLAN, que é uma cimenteira, uma fábrica de cimento, que tem sede naquela área. Com a nova LUOS, creio que a CIPLAN será remanejada dali, abrindo chances de parceria.  O parque Sul já tem um processo adiantado de projeto executivo na Secretaria de Obras.
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Outra reclamação recorrente dos moradores e visitantes da cidade é em relação à falta de estacionamentos na  cidade. Como vai tratar este problema?
Todo ano nós fazemos levantamentos sobre o número de vagas de estacionamento na cidade. Nós temos muitas, mas, muitas vagas de estacionamento público. Agora, as pessoas querem sempre ficar o mais próximo possível dos seus destinos e, aí sim, fica realmente mais difícil se encontrar vagas em algumas áreas mais movimentadas. Quando asfaltamos as duas Boulevard – norte e sul – nós criamos ao longo das vias nove quilômetros, de um lado e de outro, de vagas de estacionamentos. Com a melhoria da acessibilidade também vamos atenuar em quantidade considerável este problema, as pessoas reclamam, e com razão, de que quando saem de casa sem carro não têm calçadas em boas condições para seguirem seus destinos. Fico muito incomodada quando vejo cadeirantes ou carrinhos de bebê passando pelo meio da via urbana em virtude das más condições das calçadas.
E a residência oficial, existe um projeto de retomada daquela área?
Já existiu uma proposta feita há algum tempo pelo deputado Chico Leite, para que a área fosse anexada ao Parque Águas Claras. Isso depende muito também de vontade política e de um projeto de lei que preveja isto. Este é o caminho natural pra que isso aconteça. Não sei se a Câmara Legislativa, ou algum deputado vai comprar esta briga.
Seria interessante que a fiscalização ficasse por conta da própria administração e não da AGEFIS?
Seria ótimo por que teríamos o fiscal daqui. Nós temos fiscais que residem aqui. Assim, como morador, ele teria mais possibilidades de observação, de diagnóstico e soluções de problemas específicos da cidade. Mas, na realidade de hoje, nós realmente necessitamos que a AGEFIS, seja mais próxima da administração, esteja mais presente junto a quem conhece a cidade e ouve a população.
Como será a montagem da sua equipe na administração?
Nós pretendemos trabalhar dentro da linha que o próprio governador propõe, ou seja, valorizando o servidor efetivo, usando critérios que identifiquem o perfil correto para a respectiva área de atuação deste servidor, para que todos possam se sentir bem e dar o melhor de sí. Como já estou na Administração há nove anos, tenho a vantagem de já saber as características de cada um e, na medida do possível, posso aloca-los nas posições em que ficarão satisfeitos e renderão mais para a gestão pública.
Uma reclamação recorrente da população é o distanciamento dos gestores e autoridades em geral em relação à  população. Como pretende solucionar esta questão?    
Esta é uma relação que é estabelecida de acordo com as características de cada administrador. Mas, eu acho que a Administração não é minha, não é dos servidores da Casa, a Administração é da população. A Administração está aqui para atender a comunidade, então nós temos que receber a comunidade, nós não temos mil olhos para saber o que acontece na cidade. Então eu preciso deste contato com a comunidade. Preciso das redes sociais para diminuir esta distância. Enquanto servidora da casa, eu já participava dos grupos pra sentir este termômetro de necessidades da população. Resolvemos várias demandas desta forma.
Como nova administradora, qual a expectativa a população pode ter, em relação à sua gestão?
Eu espero poder dar o máximo de mim. Águas Claras é a minha cidade, pela qual sou apaixonada. Tenho muito orgulho de morar e de trabalhar aqui. Então, no que depender de mim, vou correr atrás mesmo e vou tentar resolver.

Fonte: DF Águas Claras. Disponível em http://www.dfaguasclaras.com.br/a-jovem-moradora-de-aguas-claras-e-a-nova-representante-do-governo-na-cidade/. Publicado em 12 de fevereiro de 2015.

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